A relação do homem com o fogão sempre foi algo complicado. Ou ele é um grande chefe (um cocinero) ou ele é um Zé ruelas. Existem homens que não sabem nem ao menos como servir seu próprio prato. Ficam esperando das mães, das esposas, das empregadas, ou até, das filhas. Uma lastima!
Na infância destes homens o fogão foi algo proibido, o qual amas e mamas protegiam dos pequenos invasores famintos. Na adolescência, mais rápidos para driblar a mulherada e menos inábeis a ponto de não se queimarem, roubavam o quitute direto da boca do fogão. Mas nunca queriam limpá-lo.
Hoje, esses mesmos homens são pressionados de todas as formas a conhecer melhor o universo da culinária. Os meios de comunicação (TV, mídia impressa e internet) estão repletos de programas de culinária. Alguns na onda natureba ensinam receitas requintadas com cenoura e pepino. Outros dizem que se pode surpreender convidados num jantar, e aí ensinam uma receita típica da Indochina com temperos e ingredientes que não se encontram nem mesmo pela internet. Sem contar esses chef´s televisivos criando o tipo ideal de cozinheiro a ser imitado por nós. Uma roubada!
Mas espere! Nem tudo será queimadura ou falta de sal na sua vida! Existe esperança! Há aqueles que fazem miséria atrás de um fogão! Então porque não aprender com eles? O que nos torna diferentes deles? É o medo? É o preconceito? Por que fogão é coisa de mulher, ou de algum francês?
Fazemos aqui um convite. Vamos pegar em utensílios domésticos para reverenciar o fogão. Adentrar neste universo não como grandes chef´s. Mas, como corajosos e famintos.
Surge então algo que se propõe diferente, o espaço de reverência ao fogão de 4 bocas.
BOCA DE QUINTA!